Horta em casa: dicas e vantagens
24 de Maio, 2023
Já pensou em ter uma horta em casa?
A horta em casa é uma tendência sustentável, saudável e terapêutica. E não é preciso ter um pedaço de terreno: cada vez mais pessoas a viverem em apartamentos cultivam plantas para consumo próprio. Veja algumas dicas e… mãos à terra e bom proveito! 😊
Um terraço, uma varanda ou uma divisão com boa entrada de ar são bons lugares para se adaptar o conceito de horta em casa. Mesmo o parapeito de uma janela é o suficiente para se criar, por exemplo, um canto de aromáticas. Desde que haja exposição solar, basta escolher as plantas certas, tomar em atenção algumas regras de cultivo, regar regularmente e pouco mais. Depois, é ver crescer os alimentos…
O mercado está cheio de soluções prontas para a criação de uma horta no apartamento, mas com alguma criatividade, engenho e materiais baratos é possível ter resultados práticos e esteticamente interessantes.
Se tem falta de espaço, pense numa horta vertical. Redes de metal, paletes de madeira e mesmo uns simples ganchos são exemplos de recursos acessíveis que, presos à parede, criam a estrutura para pendurar vasos.
Agora, mãos à terra. Cuidados a ter
Escolha o que quer cultivar – hortaliças, ervas aromáticas, frutos – considerando o seu gosto, a região onde vive e o espaço que tem em casa.
Informe-se antes de comprar as plantas e peça conselhos a quem sabe. Num horto, encontra profissionais que podem ajudar. Ficam algumas orientações gerais:
1. Instale a horta num local arejado, exposto ao sol pelo menos quatro horas/dia.
2. Escolha vasos com furos, para a conveniente drenagem, e com profundidade suficiente (preferencialmente, a partir de 20-25 cm) para as raízes das plantas se desenvolverem. Pode improvisar com outros recipientes, como latas, mas fure-os no fundo.
3. Faça uma primeira base, no fundo do vaso, com pedras e cubra de substrato.
4. Use uma terra rica em nutrientes adequados às plantas. Pode também usar um fertilizante.
5. Na rega, tenha em atenção as necessidades de água de cada planta. Idealmente, regue ao início da manhã ou ao final da tarde, sobretudo nos dias quentes.
6. Dê atenção ao calendário agrícola: semeie ou plante na altura do ano conveniente para cada planta.
Algumas hortícolas de fácil cultivo e manutenção: pimento pequeno, malagueta, tomate e tomate-cereja, alface, espinafre, cenoura, pepino, rabanete, rúcula, variadas ervas aromáticas, morangos.
Quais as vantagens de criar a sua horta?
Produtos hortícolas de qualidade: saborosos, biológicos (sem pesticidas) e sustentáveis (sem a pegada ecológica dos distribuídos comercialmente).
Alimentos frescos à mão: é só os colher e usar.
Economia: permite poupar no supermercado.
Atividade terapêutica: alivia o stress mexer na terra, cuidar das plantas e apreciar o seu crescimento.
Educativo: está a ensinar as crianças como se cultiva alimentos.
Decorativo: acrescenta ao seu espaço cor, harmonia e frescura.
Flores comestíveis: do vaso para o prato
Alguns vasos são suficientes para encher as janelas de cor e a boca de sabor.
Seja em saladas, sobremesas ou pratos cozinhados, as flores comestíveis estão a entrar no palato dos portugueses. Mexem com os sentidos e alegram a alma, têm qualidades nutricionais e terapêuticas. A cereja no topo do bolo: dão sofisticação às nossas receitas.
Mais doces ou de travo mais amargo, devem ser escolhidas conforme o prato. Se não as conhece, prove-as antes. E lembre-se que “nem tudo o que reluz é ouro”: nem todas as flores servem para o uso culinário.
Algumas flores comestíveis: amor-perfeito, margarida, malva, flor de girassol (sementes), rosa, flor de abóbora, jacinto, capuchinha ou chaga, calêndula, rosmaninho, alfazema, camomila, violeta, gerânio.
Por regra, as flores são sensíveis; facilmente, as suas pétalas podem perder o viço. Se as tem plantadas em casa, opte por colhê-las no momento de confeção ou no empratamento.
Duas notas finais: algumas flores podem ser comidas na totalidade, outras apenas as pétalas. Ter mão na quantidade é outro princípio – use-as com contenção.
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