Pintar paredes: faça você mesmo
13 de Abril, 2023
Pintar paredes: dicas para um serviço bem feito
Nada como pintar as paredes para refrescar o interior da nossa casa. A tarefa não é complicada, mas exige alguma destreza e vários cuidados. Sob o conceito “faça você mesmo”, vejamos como nós, amadores, podemos fazer um bom trabalho 😉
Antes de avançarmos, vamos planear bem o trabalho:
1. Decidir a cor e aspeto final da tinta (mate, brilhante…) e, para que não haja arrependimentos, testar numa pequena área da parede ou pedir cartões com a tinta desejada para ver in loco se o efeito é o desejado.
2. Escolhida a tinta, calcular a quantidade necessária (ver indicações do fabricante e medir extensão das áreas a pintar, considerando que superfícies rugosas e porosas consomem mais tinta). Depois, comprá-la de uma vez, para não se arriscar variações de tom. E guardar a referência, caso seja necessário algum retoque ou repintura no futuro.
3. Garantir que o material necessário está reunido: vamos precisar de rolo e extensor de rolo, pincel, bandeja para tinta, balde, jarro medidor, fita de pintor (fita crepe adesiva), lixas, esponja, espátula. Mais plástico, papelão, folhas de jornal ou panos velhos para proteger chão, objetos e mobiliário.
4. Inspecionar o estado das paredes: têm fissuras, buracos? Há infiltrações? Estão a descascar? Se sim, será preciso reparar as superfícies. No caso das infiltrações, convém perceber a origem e ponderar chamar um profissional para resolver o problema. Pintar sobre o que está mal é tapar o sol com a peneira…
Agora sim, mãos à obra.
Está um dia bom para pintar? Convém que não haja demasiada humidade no ar. O ideal é escolher um dia de sol, sem chuva, sem excesso de frio ou de calor (temperatura superior a 10º e inferior a 40º). Também é aconselhável começar-se a pintura de manhã e realizá-la à luz do dia.
Como preparar o espaço?
1. Tirar da divisão móveis, tapetes, quadros, cortinados e demais objetos. O que não puder ser retirado, cobrir com panos, plástico ou papel.
2. Forrar o chão. Prender com fita adesiva o material protetor, seja plástico ou papel, para não se escorregar.
3. Usar fita de pintor para proteger rodapés, molduras de portas e janelas, interruptores, tomadas e outros elementos fixos. Usar também a fita para delimitar a superfície (por ex., na junção teto-parede).
4. Para facilitar a pintura, em vez de usar-se a fita adesiva, pode retirar-se os espelhos de interruptores e tomadas.
5. Conferir se o material necessário está à mão e em condições perfeitas de utilização.
O que pintar primeiro?
Convém seguir-se esta ordem: teto, paredes e por fim madeiras (portas e rodapés).
Cuidados especiais para os tetos?
1. Optar por uma tinta própria para teto, que não salpica.
2. Antes da pintura, limpar o teto. Se estiver pintado com cal, lavar com água e sabão. Se a tinta lascar, raspar bem a superfície.
3. Aplicar a tinta com o rolo, preferencialmente aos ziguezagues. A ideia é não descolar o rolo do teto enquanto este tem tinta, espalhando-a bem, primeiro em W, depois em ordem inversa, em M.
6 passos para pintar as paredes
1. Tapar fissuras e buracos com betume apropriado; usar uma espátula para aplicar. Deixar a massa secar bem.
2. Lixar a superfície a pintar, para retirar imperfeições no reboco e alisar as áreas que tenham sido reparadas. Lavar/escovar a parede, para retirar poeiras e gorduras. Após lavar, com detergente próprio, deixar secar.
3. Aplicar um primário, para proteger a parede e evitar a formação de fungos. É também importante se a parede tiver uma cor diferente, manchas e áreas que foram reparadas. Deixar secar e, com uma lixa de grão fino, retirar pequenas imperfeições surgidas com a aplicação.
4. Preparar a tinta conforme as indicações do fabricante. Colocar uma porção na bandeja de aplicação (que deve estar seca e bem limpa). Aplicar a primeira demão de tinta. Não encharcar demasiado o pincel (molhá-lo antes com água) e o rolo de tinta, e espalhá-la suave e firmemente.
5. Começar por pintas cantos, bordos e elementos isolados (caixilharias, p.e.) com a fita de pintor. Usar o pincel, criando uma margem de tinta de alguns centímetros. Utilizar o rolo para pintar o resto, em movimentos regulares e seguindo uma ordem de execução. Idealmente, começar de cima para baixo e sem descolar o rolo da superfície.
6. Deixar secar a primeira demão e só depois a aplicar a segunda. No final, retirar a fita usada para proteger/delimitar elementos na superfície, antes de a tinta secar totalmente (para não haver risco de esta lascar).
Para este artigo, o Vizinhos.blog reuniu orientações gerais. Tenha em atenção que a forma de preparação, aplicação e reação de tintas e demais produtos usados na pintura de interiores pode variar. Siga sempre as indicações do fabricante, na respectiva embalagem, e procure aconselhamento profissional para fazer as melhores opções.
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