Como gerir o orçamento familiar
27 de Setembro, 2023
Orçamento familiar: como gerir melhor?
Saímos do supermercado, olhamos para o saco na mão e… “tanto dinheiro só para isto”. Não está fácil gerir o nosso orçamento.
A perda de poder de compra é real e as perspetivas não são especialmente animadoras. Como baixar os braços está fora de questão, fazemos contas à vida. O objetivo? Esticar o orçamento familiar.
Não se fazem milagres, mas há soluções para controlar gastos e procurar poupar dinheiro. Somadas, podem representar ganhos no orçamento das famílias. Neste artigo, apresentamos hábitos gerais para a boa gestão pessoal e doméstica.
Quanto gastamos ao certo?
Que o dinheiro voa, voa. Mas exatamente para onde? Conhecer bem as despesas mensais é essencial no controlo do orçamento familiar. Para isso, convém registar todos os gastos.
Juntar as faturas do supermercado e quaisquer outras compras ajuda a perceber quais foram os itens essenciais e os acessórios.
Aquele cafezinho extra das segundas-feiras? Também conta.
Vigiando as despesas, é mais fácil ter as contas do mês sob controlo. Se o equilíbrio das nossas finanças estiver em risco, sabemos por onde apertar o cinto: adeus, compras supérfluas.
Como se dividem as minhas despesas?
Grande parte do rendimento mensal é “comido” por despesas fixas e variáveis. Identificar as despesas que se repetem mensalmente permite gerir melhor o orçamento.
Não gaste mais do que ganha.
Estou a gastar mais do que ganho? Sobra dinheiro para extras e poupança? Posso gastar menos?
As despesas fixas são os glutões certinhos: a prestação ou renda da casa, a quota do condomínio, o pacote de telecomunicações, o passe dos transportes públicos, a mensalidade do infantário, do ginásio, o empréstimo do carro, etc.
As despesas variáveis também não falham: a água, eletricidade e gás, a alimentação, a gasolina e as portagens; e podemos juntar saídas de lazer habituais, cuidados de saúde e estética regulares, etc.
E há outras despesas garantidas: as saídas da conta que por vezes esquecemos por não serem mensais, mas que têm de estar planeadas, como é o caso do pagamento de impostos (IMI, IUC).
Sugestão: utilizar “calculadoras de despesas” que encontra online.
Tenho o melhor preço?
Gerir o dinheiro é também conhecer, comparar e negociar. Gastamos menos quando somos consumidores informados.
Comparar antes de comprar: dos produtos de supermercado ao crédito à habitação, tudo tem concorrência, logo, há preços e condições variáveis.
Ler bem os contratos antes de assinar (incluindo as cláusulas em letra miúda, que podem sair caras).
Renegociar os contratos anuais e bianuais (a renegociação é uma porta para reduzir custos).
Duvidar se “a esmola é grande”. Atenção a pechinchas e ofertas de crédito do outro mundo.
Reclamar os nossos direitos de consumidor.
Sugestão: utilizar comparadores de preços na Internet. Ajudam a fazer a melhor escolha.
O importante é começar.
Balizas da gestão orçamental doméstica: informação, planeamento, disciplina e contenção
Quando os rendimentos são baixos, todas as despesas são difíceis ou mesmo insustentáveis. Este é o cenário em muitas casas.
Neste artigo, lembramos apenas algumas regras básicas para ter-se a noção clara da situação real. Conhecê-la, e dominar o possível, ajuda-nos a reorganizar as finanças a médio e longo prazo. Esse controlo pode começar hoje.
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